
As células-tronco, ou células-mãe, são células obtidas principalmente a partir da fase inicial de um embrião. Dentre muitas de suas utilidades estão o combate de doenças degenerativas, como o Mal de Alzheimer, a diabetes ou a artrose, através da regeneração de tecidos perdidos. As células-tronco são diferentes das demais por possuírem a capacidade de substituir outras células danificadas e assim, manter o funcionamento de determinado organismo inalterado. Servindo basicamente como uma peça de reposição. Imagine quantos benefícios isso pode trazer, quantas doenças que hoje são incuráveis podem, quem sabe, ter um tratamento e uma cura, quanto sofrimento que pode ser evitado na nossa geração e nas próximas.
Se analisarmos dessa maneira, qualquer pensamento contrário à evolução dos estudos com células-tronco parece sem fundamento. Por que ser contra a essa evolução científica que trará grandes benefícios à vida de pessoas que sofrem diariamente por causa de suas doenças incuráveis? De fato, não há porque parar agora que estamos começando a ver alguns resultados. Mas como citei anteriormente, não existe somente um meio de obtenção de células-tronco. Além dos embriões, as células-tronco podem ser encontradas no cordão umbilical, na medula óssea, na placenta e no líquido amniótico. O problema é que de todos esses meios de extração, a célula-mãe que apresenta a melhor adaptabilidade aos demais tecidos é justo a extraída do embrião recém fecundado. E é aí o centro de todas as discussões.
Retirar as células-tronco de um embrião significa eliminar a sua chance de se desenvolver, ou seja, matar uma possível vida. Aqueles que são contra as pesquisas afirmam que não há necessidade de prosseguir com esses testes, que existem outras maneiras de se obter as células-mãe. Por outro lado, se deixarmos de extrair as células-tronco de um embrião podemos estar deixando pra trás grandes avanços no tratamento de variadas doenças, e é sabido que 90% dos embriões estocados em clínicas de fertilização artificial não geram vida, embora ainda possam ser usados nas pesquisas.
Afinal, vale à pena continuar as pesquisas e continuar ajudando pessoas, e quem sabe no futuro, salvar suas vidas? Ou devemos respeitar uma vida em potencial em detrimento de um bem real e imediato? Fica a discussão, enquanto as pesquisas vão evoluindo lentamente e os mais interessados nos seus resultados veem suas chances se esvaindo pouco a pouco.
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